sábado, 28 de novembro de 2009
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Resenha do grupo Saúde do Diabético
O diabetes faz parte de um grupo de doenças metabólicas e está associada à hiperglicemia no organismo humano, seus efeitos mais comuns são a destruição de células beta do pâncreas, resistência à ação da insulina, distúrbios na ação da insulina, etc. Porém, o diabetes mostra-se antes de tudo um problema social. A patologia vem crescendo assustadoramente em todo mundo, como o resultado de hábitos alimentares cada vez piores e estilos de vida pouco voltados para uma vida saudável. Prova disso é que segundo estimativas do Ministério da Saúde, em 2010 o Brasil deverá alcançar a assustadora marca de 10 milhões de diabéticos. E ao contrário do que se popularmente se pensa, o diabetes atinge pessoas de todas as idades e grupos sociais.
O diabetes possuem como principais sintomas: sede excessiva, perda de peso, aumento de apetite, visão borrada, fraquezas, tonturas, aumento no volume da urina e aumento na freqüência do ato de urinar. Os sintomas inicias podem se agravar com a falta ou a indisciplina no tratamento, levando à problemas cardíacos, dermatológicos, circulatórios, ortopédicos, neurológicos, etc. Existem duas formas da doença se apresentar: o diabetes tipo I – que é aquele em que as células beta são destruídas e leva há uma deficiência absoluta nos níveis de insulina, desenvolve-se principalmente em crianças e adolescentes. O diabetes tipo II – que é aquele em que ocorre um certo grau de deficiência de insulina, geralmente ocorre em adultos, como resultado de maus hábitos alimentares e péssimo estilo de vida.
A patologia ainda não tem cura, o que torna ainda mais assustador os dados do Ministério da Saúde. Porém, é possível que o paciente diabético viva bem e com a doença controlada, desde que siga o tratamento com disciplina e que altere seu estilo de vida e seus hábitos alimentares. Um plano alimentar balanceado feito por um nutricionista é fundamental para o controle da doença, é através da alimentação que o diabético deverá manter seus níveis de glicose e insulina controlados, e como a perda de peso é excessiva, a dieta deverá visar que o paciente mantenha o peso controlado. Associa-se ainda à dieta, a prática regular de exercícios físicos, medicamentos e o constante monitoramento dos níveis de glicose.
Uma dieta saudável para o paciente diabético deve constar de 50% a 60% de carboidratos, menos de 10% de gorduras ( devendo ser evitado ao máximo a gordura saturada), de 10% a 15 de proteínas (consumo de carne magra) e o restante da dieta deve ser composto de fibras, hortaliças, legumes, e uma ou duas porções de frutas por dia. Bebidas alcoólicas devem ser evitadas. E o consumo de água deve ser abundante.
Conforme a doença vem se mostrando epidemiológica no Brasil, além do tratamento dos casos diagnosticados, é importante ressaltar que o fator prevenção é o único capaz de interromper o número crescente de casos. A alimentação saudável e a prática de exercícios físicos é a saída não só para a prevenção do diabetes, como também para um imenso rol taxativo de doenças. O diabetes ainda é uma doença sem cura, mas possível tratamento e controle. Porém, a prevenção deve começar cedo, como a única forma de vencer a doença.
Bibliografia:
- www.unimeds.com.br
- www.abcdasaude.com.br
- Folha de São Paulo
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Dieta dos diabéticos: novas evidências científicas alteram o cardápio destes pacientes.
No início
''O homem é sempre sua própria doença. O que sofre da doença doce, quando a urina é sacarina, quase sempre é um temperamento auto-indulgente, que tem origem numa recusa egoística de cuidar dos outros, a não ser dele próprio. Assim, os outros não o amam e para satisfazer seu natural e humano desejo de amor come os doces da terra, em vez dos doces do espírito. Nada podemos fazer senão prescrever as carnes mais magras, os legumes e frutas que menos amido contenham e restringir ou omitir os doces. Pouco, entretanto, se consegue, a não ser a penosa privação e o prolongamento de uma vida restrita, a não ser que o paciente tenha um enfraquecimento do espírito e assim se habilite a amar, para além de si próprio''.
Nos dias de hoje
Não é difícil imaginar um médico da era antes de Cristo discursando dessa forma sobre a dura sina de um diabético, descrevendo os sintomas da doença e finalmente, resumindo o único tratamento disponível, na época, a restrição extrema de alimentos. ''Na era pré-insulínica, o rigor da restrição calórica, em geral, e dos carboidratos, em particular, levava à desnutrição dos pacientes e mesmo assim não impedia a alta mortalidade dos diabéticos dependentes de insulina e a alta morbidade dos não insulino-dependentes'', explica a endocrinologista Ellen Simone Paiva, diretora do Citen, Centro Integrado de Terapia Nutricional.
Atualmente, a orientação nutricional dos pacientes com diabetes se aproxima muito daquela direcionada às pessoas sem a doença, da mesma idade e sexo. O problema é que os benefícios da dieta e os riscos de não se segui-la são maiores nos diabéticos, em relação às pessoas sem a doença. ''Nosso maior desafio é ajudar os diabéticos insulino-dependentes a contabilizar sua insulina em relação ao seu alimento e os não insulino-dependentes a alcançar e manter o peso ideal. Dito dessa maneira, parece simples, mas não é. A vida é cheia de exceções em nossa rotina alimentar e isso pode dificultar muito a performance dos pacientes mais empenhados'', diz a médica.
Hoje, o diabético precisa entender de um mundo que engloba valor calórico dos alimentos e gasto calórico diário, precisa entender de proteínas, carboidratos e gorduras, precisa reaprender a comer. ''Para muitos isso é um verdadeiro tabu, pois o primeiro pensamento é que eles nunca vão entender como ou o que comer. O sentimento é de que terão que abolir os sabores mais apreciados. Para outros, que acham que já sabem de tudo, há um choque quando descobrem que há muito a aprender e que a rotina alimentar pode ser muito melhor e menos restritiva'', destaca a Ellen Paiva, Mestre na área de Nutrição e Diabetes pela USP.
Finalmente, o maior tabu na dieta dos diabéticos já caiu por terra há muito tempo: o de que eles não podem comer carboidratos. ''Eles podem, inclusive, comer os ?temidos? açúcares simples, como a glicose, a frutose e até a sacarose. Para isso, entretanto, precisam orientação nutricional adequada'', explica a endocrinologista.
Vivendo com qualidade
Mais liberdade à mesa não significa que as pessoas com diabetes devam viver como se não tivessem a doença, pelo contrário, isso significa que elas devem se alimentar melhor para terem mais saúde. Quando um paciente de 50 anos, obeso e hipertenso, procura o endocrinologista para tratamento, ele deve ser orientado a seguir uma dieta muito parecida com a de uma pessoa que não tem diabetes. Se for diabético, o médico dará maior atenção ao fato de que ele tem maior risco coronariano, pela associação de fatores de risco.
''A primeira preocupação na dieta do diabético é o seu valor calórico. Se ele tem peso normal, as calorias serão calculadas no sentido de manter o peso, ou seja, em média 1800 calorias para uma mulher jovem e 2500 para um homem jovem. Esse cálculo é variável, na dependência do paciente praticar ou não exercícios físicos. Se o paciente tem sobrepeso ou obesidade, o médico, geralmente, calcula um déficit calórico de cerca de 500-700 calorias'', afirma a médica.
A orientação nutricional para esse paciente deve prever 3 refeições e 2-3 lanches. Esses lanches também podem ser negociados com o paciente, uma vez que dependem de sua fome e preferências alimentares. ?Até o rigor nos horários das refeições dos diabéticos tem sido reduzido, uma vez que, no mercado, estão disponíveis drogas orais que podem ser tomadas minutos antes das mesmas e até insulinas que fornecem a cobertura basal, independente das refeições, e insulinas que também podem ser aplicadas no momento da refeição?, conta Ellen Paiva.
O que é permitido comer?
Quando pensamos em dieta, devemos entender que balancear é sempre a melhor saída, ou seja, uma dieta saudável deve contar com os três componentes essenciais das dietas: carboidratos, gorduras e proteínas. ''Todas as vezes que abolimos um componente, haverá excesso nos outros dois, o que deve ser evitado sempre que possível. Um exemplo disso é a dieta vegetariana, que geralmente contém quantidades inadequadas e elevadas de carboidratos, pela ausência da proteína animal. Outro erro que podemos apontar está nas ?dietas das proteínas', que abolem os carboidratos e acarretam uma ingestão excessiva de proteína animal e gorduras'', explica a diretora do Citen.
Apesar dessas orientações - mais do que comprovadas - alguns trabalhos científicos bem controlados, em diabéticos tipo 2, tem revelado que após um ano de dietas muito diferentes ? uma com menos carboidratos e, portanto, com mais gordura; outra com menos gordura e, portanto, com mais carboidrato, mantendo-se a mesma quantidade calórica, ambas resultaram na mesma perda de peso e no mesmo grau de compensação metabólico do diabetes. ''Daí a importância da individualização das dietas, observando os níveis glicêmicos e de colesterol, o peso e a atividade física do paciente e suas preferências alimentares. Não existe uma dieta que seja indicada sempre para todos porque somos diferentes e temos gostos diferentes'', defende a endocrinologista.
Atenção às frutas
As frutas, muitas vezes, são uma armadilha para a dieta dos diabéticos. É comum o paciente classificá-las como alimentos muito saudáveis, que podem ser ingeridos à vontade. Na verdade não podem. ''As recomendações são iguais aquelas destinadas aos não diabéticos, devemos consumir em média de 3 a 4 porções de frutas por dia, pois apesar de muito saudáveis, as frutas são calóricas e podem dificultar a perda de peso nos obesos e a titulação da insulina nos pacientes insulino-dependentes. Apesar da sua riqueza em vitaminas, minerais e fibras, elas contêm grande quantidade de carboidratos sob a forma de frutose e até sacarose'', conta a médica.
Ingestão de bebidas alcoólicas
O consumo do álcool tampouco deve ser abolido do cotidiano do paciente com diabetes compensado. As doses seguras são de até duas doses diárias para o homem e até uma dose para mulher, o que representa uma média de 15-30g de álcool. É importante lembrar que eles nunca devem ingerir álcool sem comer, devido ao risco da hipoglicemia e que o álcool fornece cerca de 7 calorias por grama consumida. ''Essas orientações não são aplicáveis a todos os diabéticos, principalmente nos casos de diabetes descompensado, nos casos de pacientes com esteatose hepática ou gordura no fígado, nos pacientes com triglicérides elevados ou com risco de abuso ou dependência. Nesses casos, doses muito menores do que as doses máximas toleradas podem agravar o diabetes, elevar os triglicérides, acelerar a doença do fígado e levar ao abuso e à dependência'', alerta a endocrinologista.
Várias refeições diárias x risco do jejum
Já sabemos que pular refeições não faz bem ao diabético. Inicialmente, pelos graves episódios hipoglicêmicos ou de baixa do açúcar no sangue a que eles estão sujeitos, quando omitem do cardápio alguma refeição, seja por falta de tempo, negligência ou até pela compensação premeditada de um excesso alimentar cometido em uma refeição anterior.
Hoje, sabemos que pular uma refeição agrava a glicemia, após a próxima refeição. Essa constatação foi recentemente reforçada em uma das revistas médicas mais importantes em relação ao estudo do diabetes, o Diabetes Care. ''O jejum favorece a liberação de estoques de substâncias muito deletérias para o metabolismo dos diabéticos, os chamados ácidos graxos. Isso acontece como uma forma do organismo prover de substratos energéticos um organismo em jejum e, portanto, carente dessas fontes de energia e que estão normalmente guardadas no fígado e na gordura corporal. Essas substâncias agravam a resistência insulínica e elevam ainda mais a glicemia, após a próxima refeição'', explica Ellen Paiva.
Consumo de carboidratos
Os carboidratos sempre foram um tabu nas dietas dos diabéticos, mas é preciso que se diga que não foi de maneira indevida. Na verdade, são eles os grandes responsáveis pelas elevações glicêmicas que ocorrem após as refeições. Apesar disso, eles são fontes energéticas importantes e estão presentes nas orientações nutricionais das dietas padronizadas por todas as associações mundiais de diabetes, em torno de 50% do valor calórico dessas dietas.
Vale a pena explicar que os carboidratos estão nas frutas, nas leguminosas ? feijões, ervilha, lentilha e grão de bico ? nas massas e pães, arroz, batata, mandioca, milho e nos doces em geral. ''Entenda-se então, que os 50% de carboidratos acima referidos devem ser ingeridos principalmente sob a forma de carboidratos chamados complexos ou amido. São moléculas muito grandes e compostas pela união de centenas de moléculas de glicose. No trato digestivo, essas moléculas são digeridas e liberam glicose para a corrente sanguínea'', diz a médica.
A dieta do diabético tem se tornado mais flexível também em relação aos carboidratos chamados simples, representados pela sacarose ou açúcar caseiro. Dentro desse contexto, os doces em geral deixaram de ser abolidos, tornando a dieta muito mais versátil e saborosa. ''Também é importante o diabético entender que os doces estão dentro do contexto dos 50% tolerados para os carboidratos de uma dieta e que ele deverá reduzir as outras formas de carboidrato para comer doces'', avisa a endocrinologista.
Além disso, quando o diabético insulino dependente come um doce, ele deve corrigir sua dose de insulina ou deve reduzir as outras fontes de carboidrato da mesma refeição. ''No caso dos diabéticos não insulino dependentes, é muito importante lembrar que a obesidade relacionada a essa forma de diabetes é um dos fatores que nos levam a orientar a retirada dos doces de suas dietas, como faríamos se eles não fossem diabéticos. O consumo freqüente de doces pode ainda agravar a excessiva produção de insulina desses pacientes, com piora de seus parâmetros metabólicos e aumento da obesidade'', explica Ellen Paiva.
O poder das fibras
As recomendações da ingestão mínima de 25g de fibras diariamente para o diabético se justificam pelo papel que elas desempenham no metabolismo da glicose e do colesterol. ''Assim, sempre que possível, o diabético deve optar pelo carboidrato em sua forma integral, incluindo aí o arroz, o macarrão e os pães, além, é claro, das fibras encontradas nas frutas, verduras e legumes. No caso dos alimentos integrais, a absorção mais lenta da glicose, proporciona oscilações menores na glicemia após as refeições, além de induzirem a um período de saciedade maior entre elas'', conclui Ellen Paiva.
Fonte: Excelência em Comunicação na Saúde
Via: Guia-me
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
TRATAMENTO- O Diabetes tem tratamento e pode ser controlado.
Hoje temos evidências de que a manutenção da glicemia normal, ou próximo do normal, leva ao desaparecimento dos sintomas e previne complicações. Assim, a qualidade de vida da pessoa é restabelecida e sua produtividade no trabalho é normal.
A cura está sendo comentada através de varias linhas de pesquisas com resultados preliminares promissores. Como ainda são pesquisas, necessitam, portanto de mais tempo para comprovação dos resultados e de segurança, não estando aprovadas para a indicação clínica. Em condições especiais, alguns pacientes podem ser submetidos a transplantes de pâncreas ou receberem implantes de células betas. Nestas condições, são obrigados a usar drogas imunossupressoras para o resto de suas vidas, convivendo com os benefícios e os ônus destas terapêuticas.
O tratamento compreende dois conjuntos de medidas- medidas não medicamentosas e as medicamentosas.
O primeiro conjunto é representado por um plano alimentar, um plano de atividade física e um plano de educação com informações sobre saúde e diabetes. Todos devem ser individualizados. Quando após estas medidas, o controle adequado do diabetes não foi obtido, estão indicadas as medidas medicamentosas com os comprimidos orais e a insulina.
Os portadores de diabetes tipo I, já no início, devem usar insulina juntamente com as medidas não medicamentosas, o que envolve o uso de seringa e agulha, caneta de insulina, ou pode ser fornecida por uma bomba de insulina.
Bombas de insulina são usadas junto ao corpo em um cinto ou no bolso. Elas liberam insulina por meio de um tubo que a conecta a uma agulha colocada sob a pele e quantidades extras de insulina necessárias antes das refeições, dependendo do nível de glicose no sangue e da refeição. A necessidade de insulina é diferente para cada pessoa e deve ser adequada ao estilo de vida e tipo de atividade física.
A terapia deve ser monitorada pelo paciente através de testes de glicemia com aparelhos glicosímetros e com o tratamento intensivo com várias doses de insulina ao dia, seguindo orientação de um médico endocrinologista.
O paciente portador de diabetes tipo II faz o tratamento medicamentoso quando necessário. Esses medicamentos podem agir aumentando a secreção de insulina ou melhorando a ação da insulina e deve ser individualizado. Usam-se hipoglicemiantes orais e, eventualmente haverá necessidade de introdução de insulina nos casos em que o tratamento não está sendo eficaz em atingir os objetivos de glicemia adequada.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
PÉ DIABÉTICO - Um congresso internacional que aconteceu este ano em São Paulo apresentou uma nova técnica para curar feridas de pés diabéticos.
A colocação de stents em casos de pés diabéticos já começou a ser feita no Brasil, embora a técnica ainda não seja difundida entre os cirurgiões. O pé diabético é uma das complicações mais temidas nesses pacientes porque provoca feridas e úlceras que podem demorar meses para cicatrizar e, em casos mais avançados, levam à amputação de dedos ou do pé inteiro. Estima-se que 18% dos diabéticos tenham alguma complicação nas pernas.